12/07/2015


De novo a náusea a acariciar-me a angústia. Eleva-se por dentro do corpo e invade a inteira dimensão da pele. Expira de cada vez que inalo o ar apodrecido em redor desta areia. O mar parou. Não se move. Eu parei. Nada se move. Não consigo dormir. Não encontro lugar onde guardar a minha raiva. Consumo-me por dentro. Devasto-me na acidez da contrariedade e desisto. Olho de frente o mar parado e desisto. Conto até três e desisto. Expiro e desisto. Cesso. A angústia a acariciar-me na náusea. Termino enquanto sonho com o mar.

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