São sombras dos teus gestos que reencontro na chuva que me desenha a pele.
Fecho os olhos
e fecho as mãos.
Deixo-te partir
mas trago-te,
durante um momento,
agarrado aos dedos fechados sobre as minhas mãos.
Um momento
é o que me basta
para suster
a ilusão,
consentida
de que
é possível
segurar(te)
a água.
E,
logo de seguida,
largar.