22/02/2016

seguro nos dedos a versão mais recente da minha sombra. a silhueta expressa na parede sou em sem ser eu mesmo mas apenas o reflexo enovoado de qualquer coisa que terei sido. falta-me a força quando me vejo reflectido nas sombras das luzes que se apagam dentro de quem podia ter chegado a ser. desfaço-me em silêncio e carpo o choro magoado de quem nunca teve a coragem para deixar o resto da sua silhueta quebrada de lado para poder partir.