Não foi este, nem o outro
Não foi o novo, nem o velho
Não foi
Nem
Havia gente e outra gente
Havia migalhas e pão
Havia dores e suor a pingar
Havia chão
Não foi
Nem
Teve hora e tempo
Teve vacas na seara no cio com um boi
Mas o véu do templo foi mais forte, foi aquela vidraça embaciada, foi aquela vizinha de Alcobaça que se esqueceu da geografia: será tudo, sendo esta névoa que por aqui passa, esta maravilha estreita que se faz gente e que espreita a ver se há pão ou se há meses de fome com ramalhete.
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