Caminhei descalça no asfalto quente até não poder mais sentir.
Peguei nas palavras todas que dançavam dentro do meu pensamento e deixei-as no lugar reservado às cinzas.
Viajei por dentro até embater numa parede inominável. Perscrutei o espaço onde o deserto se instalara e ouvi tudo o que me dizia o silêncio que me dilacerava a pele.
Caminhei por dentro do meu pensamento até sangrar.
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