27/08/2017

o silêncio atravessa-me no tempo antes do sino tocar. ergue-se a igreja de frente para um céu que não vejo inteiro. que não sei completo. que desconheço onde termina.
em frente há tudo sem haver nada. uma descontínua continuidade de qualquer coisa que ainda não sei bem o que é, o que será, o que poderá vir a ser.
seguro na ponta dos dedos a esperança. inalo no fumo a instabilidade que chega com o desconhecido de nós. confronto-me com o pó dos dias e a névoa que caiu sobre este espaço.
seguro o silêncio na ponta dos lábios enquanto aguardo as palavras certas.

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