Tenho medo do que sinto. Não sei descrever o que se passa dentro da minha interpretação do que acontece em mim hoje. Confundo-me nos sons e nos olhares. Cesso. Espero. Perco-me nas mãos e nos corpos. Procuro por ti no meio das multidões e do fumo. Procuro por mim por dentro até que me afogo. Espero. Recomeço. Sinto o ar desaparecer por dentro. Tudo por dentro. Como se mais nada existisse. Como se mais nada pudesse ser depois disto. Esvazio-me por completo e não compreendo o que me assola. O que me agoniza. O que me aniquila. Procuro-te no meio da multidão e encontro-me, sozinho, suspenso no tempo, a olhar para um lugar vazo de sentido, na esperança eterna de que amanhã possa ser menos difícil estar aqui.
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