18/05/2020

Ouve minha voz enquanto te mostro o que ficou por dentro das linhas de arame negro.
Há uma besta que brame seus anseios no lugar onde a terra encontra um braço de água.
A imagem de ti suspensa no meu olhar já vazo, é o lugar onde a tinta se derrama.
Ouve a besta que me grita no desejo e me desarma o corpo no arame que se desfez na água pintada de negro.
Sente a besta que se perde em mim. 

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