24/05/2020

nasce,
no lodo,
a imensa possibilidade da vida
terra, água, húmus, musgo,
restos mortais do outrora vivido agora a escorrer nas paredes frias
e lentas,
do lado mais pantanoso da vida.
escorre-nos
pelas mãos
o elixir do tempo
ferido.
os telhados anunciam o norte
as andorinhas indicam o caminho para sul.
respira,
no lodo,
a necessidade do regresso.
a casa.

Sem comentários:

Enviar um comentário