23/05/2015

o corpo caído como barro seco sobre a areia molhada.
as ondas do mar ainda não chegaram aqui. a maré cresce na incerteza da noite estar a chegar e vai avançando sedutora sobre o tempo que resta.
há restos de terra no corpo caído. há uma dor lancinante por dentro do movimento.
talvez hoje não deva haver movimento.
talvez hoje seja preciso parar a maré no avançar da areia.
talvez hoje seja isso apenas o necessário para sobreviver.

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