27/05/2015


encontro teu corpo no embate do asfalto e sinto vontade de chorar.

oiço as vértebras a quebrarem, uma por uma, e sinto necessidade de gritar.

seguro nos dedos a tua agonia e fecho os olhos para te não ver.       

lambo o sangue na estrada quente e compreendo tudo o que terminou aqui.

inspiro a náusea, inteira dentro do meu corpo, e deixo-a cair sobre a tristeza infinda.

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