02/06/2010

rio


Havia um rio à volta destas casas. Era um rio largo. Era um rio cheio.
Desde que as chuvas pararam a água, aqui, nunca mais correu. Tentei fechar os olhos e ver o que faltava mas não encontrava o lugar certo das coisas. Já não encontrava o lugar.
Havia um rio à minha volta. É um rio agora seco. É um rio sem corrente.
Desde que eu parei que a água não corre. E agora eu sou o deserto, aqui, aberto à volta destas casas. Desta terra. E já não há lugar ao lugar que era certo das coisas.

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