12/06/2010

passado


Não te encontrei onde esperava encontrar-te.
Não viste nada do que esperava que tivesses visto.
Estavas exactamente no mesmo lugar onde te deixei ficar e não onde queria que estivesses.
Olhaste para mim sem me veres e não respiraste. Não o suficiente.
Não encontraste reduto possível. Olhaste a porta e saíste. Como da primeira vez. Como se nada pudesse mudar. Como se fosse a única coisa que sabes fazer.
E eu fiquei a olhar-te partir de costas voltadas para a tua ausência e a saber que não me encontro no lugar onde esperava já ter chegado.

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