Março está a chegar ao fim. Ainda nada terminou mas tantos outros momentos já iniciaram a sua marcha. A primavera foi anunciada antes das chuvas de Abril e está sentada entre nós. Aguarda, pacientemente, o momento em que possamos parar para a vermos.
Hoje sou como uma criança a dançar no campo de flores que sempre residiu dentro de minha pele.
Calcorreio as pedras da calçada, danço no ar que beija as copas das árvores do jardim, pinto-me do vermelho que repousa na madeira antiga dos bancos. Atravesso as gentes até chegar à beirinha do mar. Aí, devoro-me na contemplação do tempo e agradeço o que a vida me deixa ficar nas mãos, todos os dias.
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