deslizo para a linha do porto que me amansa
e o rio diz-me que faz falta o mar por dentro.
resvalo na incerteza do amor à memória do que não esqueço
e o mar canta-me um poema de abandono.
mergulho na boca inteira do mundo que sonhei
e o tempo abandona-me na falta do poema.
dispo-me do que faltava antes de ter chegado
e invento a antítese de meu desespero.
é vã e lisa a linha da mansidão do porto
onde meu rio repousa até o mar ser tudo o que fica da memória de um abraço.
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