Arrasto
o sabor
dos teus
dedos
agrilhoado
dentro
da
minha alma.
Todo
o corpo
se
incendeia
por dentro
e
ardo
sem
desaparecer.
Desfaço-me
por dentro
sem
que
se vejam
as
chamas.
Transformo-me
em
cinzas
e
em
carvão
com que
escrevo
nas linhas
do horizonte
o teu
nome
gritado
em sangue
ao silêncio
que
cobre
o interior
do
meu
deserto.
Finge
que
me seguras
com
teus
dedos
feitos
de
água.
Deixa cair
tua boca
sobre
o lugar
triste
de minha
alma
despida
detida
vencida
e repete
repete
repete
repete
que
já parti.
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