17/07/2017

comecei pelo fim. sangrei-me nas mãos e na alma até me diluir inteiro na chuva. comecei incessantemente a terminar no dia em que percebi que o acto de existir era superior a mim. ninguém viu quando tudo em mim ruiu pela primeira vez. quando deixei de saber sorrir. quando deixei de saber falar sobre o que acontecia em mim. comecei a terminar da primeira vez que me vi e deixei de ser eu e desde então, atravesso desertos que não terminam nunca e rasgo o meu corpo para saber que existo para além de tudo isto que não sei explicar mas que acontece em mim. 

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