Queria ter-te aqui para ser pérfido e devasso.
Para te corromper e logo te abandonar.
Para te chamar e não te tocar.
Para te cheirar e deixar cair.
Para te arrancar as palavras do papel e o sangue das mãos.
Para te atirar às areias negras do poço velho.
Para não mais pensar em ti.
Queria ter-me amarrado na armurada à espera que me agrida a raiva contida das ondas ferozes do inverno. Elas cavam abismos dentro da minha mente, dia após dia. Só me resta aguardar que levem o resto de mim.
Não te quero aqui. Não mais.
Tenho absolutamente mais nada para dizer.
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