o amor é muitas coisas.
é ver-te de costas
a atravessares a areia
até ao lado da outra margem
sem olhares para trás.
é vil teu abandono
e o silêncio está coberto de espinhos
que dilaceram carne e alma
passado e presente
e obrigam as pedras a cobrir os gestos
e o desapego absoluto a cobrir os dias.
o amor é muitas coisas.
é eu a deixar-te ir
em silêncio
porque te recusaste à música.
Sem comentários:
Enviar um comentário