Pode o passado devolver-nos o presente?
Um regresso a casa, às arrecuas, pode levar-nos de volta ao caminho?
Se dermos por nós a andar para trás, não estaremos, na verdade, a andar de encontro ao que vem depois?
Hoje somos, talvez, o resultado do ontem e a definição do possível amanhã. Se não soubermos regressar, recuar, voltar às origens, não nos saberemos reconhecer no lugar de agora e jamais saberemos compreender o que nos vai levar no caminho do amanhã.
Somos o que somos e somos tudo o que nos fez ser até este momento em que somos o que está por detrás do pano que cobre o palco incomensurável da vida.
Regresso a casa para me lembrar onde estou, agora, e para onde vou, depois. Às arrecuas, para chegar mais perto.
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