Exalo o fumo de um cigarro.
Faz noite aqui dentro. Debaixo das cinzas. Por entre a chuva.
Toco nas mãos da janela - fria - para me saber. Pés descalços na pedra branca. Corpo despido na tela vazia.
Inalo o ar da noite inteira.
Fecho os olhos por um momento breve. Fecho as mãos sobre os lábios. Remeto tudo ao lugar certo.
Consigo tocar o que fica dentro da certeza do silêncio. Enquanto me reencontro. Enquanto me sonho.
Respiro até que a noite se desfaça em fumo.
Sem comentários:
Enviar um comentário