20/01/2012

rest.AR

Há restos de comida no chão. Cheira ao que ficou de ontem. Cheira a noite vazia. A esterco. São restos aqui e ali. Coisas que faltam em coisas outras que não as que não chegaram a chegar aqui. Há restos em todas as divisões desta casa. Restos de ti. Restos dos restos que restaram de mim. Em todas as paredes os sinais que só a sujidade que carrego sabe deixar dançar sobre a ideia de claridade da luz. Mas não há luz aqui. Só os restos.  

Sem comentários:

Enviar um comentário