03/01/2012

nevo.a

o corpo fundido na
incerteza escura do
nevoeiro que se abateu pela cidade
hoje.
caminho como se arrastasse
correntes presas na pele
dos ossos.
há ruidos
insuportáveis
a moldar-me os pés
a ferir-me nos olhos
a abandonar-me na terra
dos jardins vazios.
sou a névoa do nevoeiro
hoje
e abandonei-me da
na
cidade.
hoje.

Sem comentários:

Enviar um comentário