Deixaste-me ficar
em suspenso
num lugar que não queria conhecer
à espera.
Aguardei que as noites pudessem terminar,
Pelo menos por um momento.
Esperei sempre que o teu regresso fosse a minha libertação
e agora encarcero-me na chuva que não chegou a cair.
Guardo cada fragmento do tempo
deste tempo todo
e coloco-o no lugar que é mais fundo em mim,
antes de me deixar esquecer.
Respiro no respirar de uma apneia
demorada
E seguro o último resquício da minha voz
Em silêncio. Sempre.
Não reconheço o lugar onde caí
e nada me resta senão segurar a distância em ambas as mãos e correr até
poder voltar a cair. Sem esperar.
Uma e outra vez.
Até deixar de sentir o resto que falta.
Abandonado em mim.
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