06/09/2010

pra.ia

A praia está deserta. Deserta como as terras do sul daquele continente onde já não vais há demasiado tempo. Deserta como os lugares que perdem a vida e os sonhos. Deserta como os espaços que deixam de se ocupar, como as bocas que deixam de rir. Se fechares os olhos sentes a água a desaparecer no céu. Sei que já não faz calor, não, o verão já chegou ao fim. Ainda assim, a água desaparece no ar. Quase, mas mesmo quase, como se nunca estivesse estado lá. Aqui. Ali. Neste lugar reservado, hoje e para todo o sempre, ao deserto abandonado e só que há em ti.

3 comentários:

  1. O "deserto abandonado e que só há em ti" fez-se "entre as minhas palavras" quase ditas "e a tua (in)capacidade de escuta".

    Por ventura, muro "idealmente muito maior do que o teu", onde serão gentes de ninguém que "me estende as mãos à terra" ou não " (me) faz compreender"


    **

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  2. ;-)

    julliet iluminada, bonito jogo.
    coloca no teu blog.
    queres? se te fizer sentido, é teu.
    palavras minhas.palavras tuas.palavras tuas e minhas. sim?

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  3. será? fico na dúvida enquanto penso se será uma pergunta ou uma confirmação.
    é meu e teu no lugar onde se despem palavras comuns no conforto do concreto de nenhures.

    :)

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