o vento na tua sombra a desenhar o rasto de um passado sem cor.
tu desenhado no carvão da estrada. nas linhas da areia do deserto.
tua voz a guiar o meu corpo para um lugar onde só há restos. onde só há cinzas. onde só cabem as coisas que não se podem nomear.
as tuas mãos desafiam o ar na imperfeição dos gestos de fuga que evitas desesperadamente revelar. mas tudo em ti revela o incontornável. o indefinivel. o inevitável.
neste espaço resevado às sombras eu não tenho lugar.
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