há fogo a devastar os silêncios
os segredos
as ausências
os erros
os infortúnios.
há fogo a lavrar os campos
as colinas
as serras
as marés
as palavras.
há lava a cravar a pele
os dentes
as bocas
a saliva
a direcção.
há fogo a queimar o interior
de mim
de ti
de nós
de vós
de todos.
resta
esperar
em apneia
pelo regresso
do prenúncio
da chuva.
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