Estou parado no meio da estrada.
Os carros passam de ambos os lados de minhas mãos. Por dentro e por fora. E já não sinto quando me atravessam. Já não sinto nada. Parece que tudo parou na ausência. Talvez seja a tua lonjura que desfaz a minha (des)presença. Estou distante da distância de ti. Tu estás infinitamente longe de mim.
O que nos distancia é inequivocamente maior do que o que nos poderia unir.
Fico parado no meio da estrada até escurecer. Até não haver mais carros. Até conseguir fechar as mãos e voltar a andar.
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