se amar verdadeiramente é estar disposto a morrer pelo outro
_ como Alceste fez perante os deuses_
então que verdade existe em cada um de nós?
como pode haver verdade se sou um eu que se despoja inteiramente de si para dar o sangue, o ar, a inteireza do ser, por outrem
_ e se me despojo de mim, que valor tem realmente a minha vida _
se a entrego?
se a minha vida então nada vale
_ quando dela me desfaço_
como pode ela ser prova de amor?
sou amor se morrer por ti mas quem sou eu a jusante disso?
se eu não sou
_ou se sou nada porque de mim me deixo ir como se o eu não fosse valor para mim_
que valor podes ter tu em mim se nem de mim eu considero a validade verdadeira da existência?
se sou insignificância, como posso eu valer-te?
amar-te-ei com mais verdade
_quando morro por ti _
_ou quando te deixo ir?_
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