reconheço que não sou mais do que a evidência da tua humildade
que venho de um lugar que estava reservado nas coisas que pertencem ao passado
- talvez não se deva voltar ao passado -
onde foste buscar-me pela mão
e
agora
deixas-me suspenso no limite da folha
quase a cair da tinta
da letra insegura da palavra de um poema que não chega a ser escrito.
reconheço que não sou mais do que um lugar de abandono
mas foste tu quem me deixou humilhado na suspensão do passado revivido na palavra quente na tinta negra nos dedos de uma ilusão.
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