Sento-me na beira do monte a ver a chuva cantar. A terra húmida sobre os dedos, o céu em pranto e eu a parar. Sento-me na beira de mim enquanto o monte cessa de dançar. Morrem as flores e os pássaros. Canta um cisne que só a mim é permitido ouvir. Sento-me na chuva que não cessa de cair até encontrar o abismo aberto em mim - cheio de terra por dentro, lodo e lama e húmus - e choro sem parar até aí por dentro me deixar cair.
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