05/11/2018

cAsa

seguras o silêncio que se apodera da casa quando ninguém está por perto. ficam os fantasmas a deambular nos espaços vazios a insistir nas memórias, a recriar os lugares antigos.
guardas o que esperas que não regresse a ti no lugar mais antigo a que consegues chegar e disfarças a tua existência com o que fica ainda por vir.
deixas-te seduzir pela tua distância até poderes esquecer que existes aqui.
desapareces, lenta e minuciosamente, enquanto a casa adormece nos braços dos que partiram na distância e se mantêm esculpidos na tua melancolia.  

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