Silencia as minhas mãos enquanto alastro as asas sobre o
asfalto.
Há neve a escorrer-me nos ossos. Sopra.
Crava a tua sede na minha agonia e eleva-me ao lugar
reservado aos que morrem sem saber.
Segura-me na ponta dos teus dedos de fogo enquanto refaço o
meu nome nas cinzas que permanecem debaixo do teu caminhar.
Há neve a corroer-me a pele. Sopra.
A estrada percorre todas as
direcções possíveis e ainda não conheço o caminho que escolhi.
As minhas asas cobrem o asfalto
coberto de gelo e as minhas mãos gritam pelo silêncio que vem de ti.
Sopra o resto das minhas cinzas e
guarda-me no teu caminhar.
Sem comentários:
Enviar um comentário