09/09/2015


Diz-me o que vês quando olhas para a terra aquecida sobre teu andar. O que sabes quando ouves o que o mar traz no começo da manhã. Sim, é na certeza incerta do que chega com o começo da manhã que te olho e me alimento da inevitável fuga. Se era isto que querias, podias tê-lo dito antes. Podias tê-lo dito a tempo. Agora sou eu que caminho mas a terra está arrefecida sobre as minhas penas. Sobre o meu (des)fado. Sobre as minhas raízes em ruptura com a equilibrada agonia do teu desamor. Cada parte do meu corpo se desfaz em vento quando me abandonas, lento e entorpecido, caído sob o segredo das noites inebriantes de verão e desfeito sobre a terra (des)aquecida sobre o andar da tua partida.

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