02/01/2022

Meu corpo adensa-se na névoa que cobre o inverso da noite. 

Sinto tua mão a subir pelo meu ventre, 

pelo meu tronco, 

pelo meu peito, 

até parar, 

segura e firme, 

no meu pescoço. 

Deleito-me na ausência e sinto o fogo que te arde mas te não consome.

Permito-me terminar num êxtase de cinzas até a noite voltar a ser verso. 

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