27/12/2020

DePois

É quando olho para trás, para o que ficou à nossa frente, que compreendo tudo. Compreendo que aqui não é um lugar de cântico dos cânticos antigos. Aqui é um lugar feito de quimeras pelo que o amor é bordado em pontos de nuvem e banhado em resquícios de ilusão.

Talvez, olhando agora distanciado do momento exacto em que te permiti saires de dentro de minha pele, tu não sejas mais do que um lugar místico onde permiti que a minha insanidade se repousasse pelo tempo necessário para eu (re)acordar por dentro da vida materializada na (im)possibilidade.

Eras um lugar de cântico enquanto eu sonhava num sono inquieto. 

És agora lugar de canto do cisne que parte, enquanto eu vivo. 

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