Não compreendo o motivo pelo qual fico suspenso nesta espera sem sentido
pois sei
com toda a certeza que cabe dentro das coisas certas
que nunca seria possível chegares.
Não compreendo porque me permito o engano perfeitamente desenganado
e me alimento dele para respirar um breve momento mais
enquanto invento motivos para me esquecer de parar.
Não compreendo porque este lugar chegou até ao espaço de ti
que sentido nenhum fazes dentro de mim
mas que o olhar por dentro de tua voz me tocou como se fosse ferro
e eu
apenas fosse feito de pó.
Compreendo
agora
porque me permito permanecer a dançar nesta doce ilusão porque é enquanto a (des)verdade me mantiver à tona
eu me suspendo num lugar em que é permitido continuar a respirar.
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