Não me apetece mover.
Respiro com dificuldade.
Esforço-me por manter os olhos abertos e o sangue a correr. Esforço-me até não poder mais.
Contrario o movimento inteiro que a vida impõe sobre mim.
Procuro escapar ao labirinto da minha essência para me transformar. Recomeçar.
Falho. Repetidamente. Falho.
Arrasto a alma agrilhoada por entre uma existência que não compreendo. Arrasto-me no limiar das arestas até desfazer o corpo na certeza do abismo que me espera de seguida. Recomeço.
Afogo-me em dúvidas para as quais tardo a encontrar respostas.
Perco-me no caminho dos caminhos que me conduzem sempre ao ruído ensurdecedor do silêncio.
Temo terminar sem ter chegado verdadeiramente, a ser.
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