18/02/2023

São insignificantemente significativas as coisas que faltam. As coisas que não estão nos lugares que consideramos como certos. Que não são quando as julgamos ser. Que não estão quando estávamos absolutamente seguros de que estariam. 

São partes que faltam. Membros. Peças. Sentidos. Pele. Espaços. Lugares.

E depois, pelas coisas que faltam, as coisas que são deixam de ser as coisas que deviam ser e tudo parece, de repente, pintado nas labaredas mornas do inferno que sabemos sempre, sempre, tão próximo da pele. 

E aí, no momento em que entendes que nada pode retornar a ser o que havia já sido, tudo adquire um significado incontornável. 

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