Vejo teus braços desenhados no contorno da orla da ilha. Como se me abraçasses quando iças as velas e partes pelos caminhos da vida.
Ouço os pássaros que sobrevoam o começo do crepúsculo e fecho os olhos.
Terá o silêncio outro sabor quando o silêncio é o reflexo da ausência?
Há já sinais de um Outono lânguido que se imiscui por dentro dos raios de luz deste Verão despido de sentido.
Queria poder ouvir-te na voz, talvez tocar-te no som das asas, mergulhar no oceano que repousa no teu olhar e esperar, por um momento, que navegássemos no mesmo lado da ilha.
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