20/01/2014

mastigo o vidro enrolado no sangue da lingua.
lambo a aspereza da pedra enquanto a boca se dilacera.
morro de tristeza enquanto o vidro me desfaz.
a lingua enrolada na tisteza do gelo a partir. da pele a rasgar. do sal a queimar. do mar a morrer.
a morrer enquanto ondas de sangue me dilaceram por dentro e a minha boca desaparece no silêncio da chuva que parou dentro do meu corpo.
e morro.
na tristeza de estar agora aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário