06/07/2013

vidRo

é como se partisses tudo em que tocas
como se todas as peças de todos os gestos
fossem meros restos de vidro
como que pisados
como que esmagados

tudo em que tocas desfaz-se perante o olhar meu que te olha
por mais que tente compreender a que lugar pertence cada fragamento,
não consigo
como se fosse um puzzle incompleto a que
infinitamente,
faltará sempre
pelo menos,
uma peça


caminho com as mãos descalças sobre os vidros de ti
rasgado a carne da pele para me saber
a quase morrer.

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