Amanheci nas entranhas da cidade. Cheira a frio e cansaço pelas ruas. Tudo parece ter sabor de abandono. São, talvez, imensas as formas possíveis de abandonar algo ou alguém. De nos abandonarmos.
Caminhei as ruas como se a única possibilidade fosse chegar ao destino. Caminhei com o sangue fora da pele, com o grito fora da boca, com a certeza fora de mim.
O que permanece no abandono é a despertença.
Se não pertenço aqui, quem serei eu?
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