Crescem arames por dentro de mim. Enlaçam-me as veias e a pele e prendem-me ao chão.
Crescem farpas e lâminas e ferro que me dilacera por dentro até não sobrar mais nada.
Sou como o negro do alcatrão nas estradas antigas que o tempo mastiga sem piedade até que os caminhos se intrinquem e se confundam e se repitam e se dispersem até à aniquilação.
Crescem em mim certezas que não me cabem por dentro e que se apoderam do meu destino e me retêm prisioneiro deste chão.
Sou arame em farpas na minha alma e não poderei, jamais, sair deste lugar.
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